COMPANHIA DE CAÇADORES 3566 - GUINÉ - 1972/74

Blogue que tem como objectivo contar as pequenas estórias vividas por cada um dos METRALHAS e que acabam por fazer a história de OS METRALHAS DE EMPADA (e Catió)

HISTÓRIA DA CCAÇ 3566 - 1º. - FORMAÇÃO

terça-feira, 3 de abril de 2012

HISTÓRIA DA CCAÇ. 3566 - Post 2 - Partida de Chaves para Bissau

Para a cerimónia de despedida, realizou-se uma concentração em formatura das Unidades Mobilizadas – Batalhão de Caçadores nº 3884 e Companhia Independente de Caçadores nº 3566. Seguiram-se breves exortações pelo Sr. Comandante do Batalhão de Caçadores nº 10, Coronel César Cardoso da Silva, e Comandante do Batalhão de Caçadores nº 3884. Após esta cerimónia, procedeu-se à entrega dos respectivos guiões. Para finalizar a cerimónia de despedida, as Unidades mobilizadas ostentando orgulhosamente os seus guiões, desfilaram pelas ruas da cidade.
Chegou o momento de abandonar Chaves na noite de 22 de Março de 1972. É indescritível a tensão que reinava em todos OS METRALHAS nessa noite. Abeirava-se o “grande passo”.
Cerca das 21H00 efectuou-se o embarque para Lisboa em autocarros da Auto-Viação do Tâmega, que tinham sido alugados para o efeito. Seguiu-se então uma longa e dolorosa viagem, através de uma noite invernosa, rumo a Lisboa, com passagem por diversas vilas e cidades, nomeadamente pelo Porto, berço natal de alguns componentes desta família.
As malas de OS METRALHAS e o avião que os transportou
A capital acabou por ser atingida cerca das 07H00 de 23 de Março de 1972. Aqui, e depois das formalidades e últimos abraços de despedida, na aerogare do Aeroporto Militar de Lisboa, embarcámos num Boeing 707 da Força Aérea Portuguesa, rumo à Província da Guiné.
Nesta mesma data, e pelas 15H00 locais, desembarcámos no Aeroporto Craveiro Lopes, em Bissalanca. Sob uma temperatura asfixiante e uma gritaria de “salta pira”, e cumpridas todas as formalidades de apresentação, viaturas civis conduziram a CCAÇ. 3566 à cidade de Bissau, tendo ficado provisoriamente alojada no Batalhão de Intendência.
Não foi de admirar as expressões de expectativa que se podiam ler em todos os rostos. A Guiné já há muito se tornara um mito. Depois de ser indicado o lugar para a pernoita e distribuídas duas rações de combate “tipo 20”, foram feitas as primeiras recomendações, nomeadamente sobre a precaução que se deveria ter com a qualidade das águas a ingerir. 


Seguidamente foram preenchidas as primeiras despensas de recolher. Grande parte dos componentes desta Companhia, aproveitou entretanto para conhecer um bocadinho da cidade de Bissau. Estavam vencidas as primeiras horas da comissão de serviço nesta Província Ultramarina.

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